quarta-feira, 20 de junho de 2012

Papa, sobre a reforma litúrgica Conciliar.

Papa, sobre a reforma litúrgica conciliar: “Houve muitos equívocos e irregularidades.”

Ano da Fé chegando, celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II também… Procurando refletir um pouco sobre a sagrada Liturgia, o Santo Padre se pronuncia:

  “Com base numa apreciação cada vez mais profunda das fontes da Liturgia, o Concílio promoveu a participação plena e ativa dos fiéis no Sacrifício Eucarístico. Hoje, olhando os desejos então expressos pelos Padres Conciliares sobre a renovação litúrgica à luz da experiência da Igreja universal no período transcorrido, é claro que uma grande parte foi alcançada; mas vê-se igualmente que houve muitos equívocos e irregularidades. A renovação das formas externas, desejada pelos Padres Conciliares, visava tornar mais fácil a penetração na profundidade íntima do mistério; o seu verdadeiro objetivo era levar as pessoas a um encontro pessoal com o Senhor presente na Eucaristia, e portanto com o Deus vivo, de modo que, através deste contato com o amor de Cristo, o amor mútuo dos seus irmãos e irmãs também pudesse crescer. Todavia, não raro, a revisão das formas litúrgicas manteve-se a um nível exterior e a ‘participação ativa’ foi confundida com o agitar-se externamente. Por isso, ainda há muito a fazer na senda duma real renovação litúrgica. Num mundo em mudança, obcecado cada vez mais com as coisas materiais, precisamos de aprender a reconhecer de novo a presença misteriosa do Senhor Ressuscitado, o único que pode dar respiração e profundidade à nossa vida.”

“A Eucaristia é o culto da Igreja inteira, mas requer também pleno empenho de cada cristão na missão da Igreja; encerra um apelo a sermos o povo santo de Deus, mas chama também cada um à santidade individual; deve ser celebrada com grande alegria e simplicidade, mas também de forma quanto possível digna e reverente; convida-nos a arrepender dos nossos pecados, mas também a perdoar aos nossos irmãos e irmãs; une-nos a todos no Espírito, mas também nos ordena, no mesmo Espírito, de levar a boa nova da salvação aos outros.”
 
Papa Bento XVI


O Papa traça – como de costume – uma linha entre o que desejavam os padres conciliares e o que aconteceu efetivamente após a sua realização. Com a explosão da contracultura e da revolução sexual dos anos 70 moldou-se um certo “espírito do Concílio” – o aggiornamento proposto por João XXIII passaria de “transmissão da fé cristã ao mundo moderno” para uma completa “secularização do Evangelho”. Aquilo que pretendiam os bispos, em comunhão com o Santo Padre, foi totalmente deturpado. Os modernistas surgiram para fazer da mensagem de Cristo aquilo que bem entendiam, esquecendo-se da fidelidade à 
Tradição de dois mil anos da Igreja. O resultado foi devastador… Os frutos amargos de toda esta distorção do Vaticano II quem colhe somos nós.

Especificamente no que se refere à Liturgia, são visíveis os estragos feitos nesta realidade que deveria ser tratada com todo respeito e diligência. Os sacrários foram para o canto das igrejas: Jesus era tirado do centro; em seu lugar, deixava-se um solene vazio. A cruz foi tirada do altar: a Missa “deixava de ser” sacrifício, para representar uma mera celebração festiva, um banquete. O canto gregoriano foi substituído por algumas músicas animadas, de louvor – e a ideia de sacrifício caia definitivamente em ostracismo.

Como recuperar o verdadeiro espírito da Liturgia – ou seja, o espírito de sacrifício, de solenidade? O caminho é simples: passa pela senda da obediência. Ao falarmos de Liturgia, devemos recorrer à figura da sarça ardente. “Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia. (…) Vendo o Senhor que Moisés se aproximava para observar, Deus o chamou do meio da sarça: ‘Moisés, Moisés! (…) Não te aproximes daqui! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é chão sagrado’.” (Ex 3, 2.4-5). Sacerdote, vais celebrar o Santo Sacrifício? Então, “tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é chão sagrado”. Vais rezar a Oração Eucarística? “Tira as sandálias dos pés”, não tenhas a pretensão de alterar uma vírgula do que lês, afinal “o lugar onde estás é chão sagrado”. Vais receber o Corpo e Sangue do Santíssimo Redentor, “tira as sandálias dos pés”… E esta atitude pode ser indicada não só aos sacerdotes, como também aos religiosos, aos leigos e a todos que, na Igreja, são chamados a assistir à Santa Missa. A Liturgia católica é um “chão sagrado” e qualquer um que pretenda, como Moisés, aproximar-se, deve imediatamente “tirar as sandálias”, reconhecer a sublimidade do mistério que vai contemplar: se Moisés ficara intrigado com uma sarça, quanto não deveríamos ficar extasiados com o milagre da transubstanciação, do pão e do vinho que se transformam na carne e no sangue do próprio Deus!

Que possamos participar sempre com mais devoção e fervor da Santa Missa, tendo em mente que foi por meio desta celebração que, ao longo dos séculos, inúmeros servos da Igreja se santificaram; que foi recebendo o Corpo e Sangue do Cordeiro que se sustentaram as almas dos bem-aventurados; que foi celebrando este Sacrifício que uma incontável legião de sacerdotes salvaram a si mesmos e aos seus.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

Respostas aos Protestantes Sobre Maria

Respostas aos Protestantes Sobre Maria


Para se conhecer bem quem é Maria, precisamos ver quem foi Eva, a primeira mulher.

Que a Virgem Maria é a segunda Eva, nos é revelado pelos apóstolos João e Paulo. Basta comprovarmos as seguintes passagens: (Gênesis 3,15) (João 2,4) (Gálatas 4,4) e (Apocalipse 12,1). Vamos agora mostrar que a Virgem Maria, é a segunda Eva. A primeira mulher ouvindo ao demônio (anjo caído), disse não a Deus, trazendo o pecado e a morte a humanidade. A Virgem Maria ouvindo ao anjo de Deus, disse sim a Deus, concebeu e deu a luz a Cristo, vencendo o demônio, trazendo para nós a graça e a vida.

Eva foi desobediente, não teve fé em Deus. A Virgem Maria foi obediente, cheia de fé. Eva é a mãe da nossa natureza pecaminosa, e a Virgem Santíssima, é a mãe da vida na graça. Nossa Senhora restituiu-nos o que Eva perdeu. Portanto Eva á a mulher vencida e a Virgem Maria, é a mulher vencedora (Gênesis 3,15) comparado com Apocalipse 12). Como Eva estava sujeita a Adão, a Virgem Maria está sujeita a Cristo.

E assim como por uma virgem caiu o gênero humano no cativeiro da morte, assim também foi salvo por uma virgem; porque a desobediência virginal, foi compensada em contrapartida por uma obediência virginal.

Reparemos bem que a palavra “mulher” em (João 2,4; 19,26) (Gálatas 4,4) e (Apocalipse 12,1), simboliza a mulher de (Gênesis 3,15). A palavra mulher refere-se à Virgem Maria, a mãe do Messias. A palavra mulher é um título bíblico da Virgem Maria, assim como Jesus foi chamado o Filho do Homem pelo profeta Daniel.

Lembrem-se de (Gênesis 3,15) e (Apocalipse 12), da grande batalha. A geração da serpente, o demônio infernal não chama a mãe de Deus de bem-aventurada, mas procura ferir o seu calcanhar, isto é, diminuir sua grandeza. Há pessoas que dizem que ela é uma mulher como outra . O diabo não combate a Cristo, pois sabe que ele é deus. Combate sua mãe, que foi o meio que o trouxe a Terra.

A única mulher que pode olhar para seu filho, nosso Senhor Jesus Cristo e dizer: “carne da minha carne, sangue do meu sangue, ossos dos meus ossos”.

Ela que é a filha de Deus Pai, mãe de Deus Filho e esposa de Deus

Espírito Santo.

Quando Deus Pai decretou a encarnação de Deus Filho, decretou também a maternidade divina de Maria. Ela é a única que pode ser chamada mãe e esposa de Deus. Maria Santíssima é o templo do Senhor, o sacrário do Espírito Santo. O tabernáculo e a arca da aliança, são figuras da Virgem Maria. Nossa Senhora é o sacrário vivo do Espírito Santo, porque pelo seu poder se tornou a mãe do verbo encarnado. Basta percorrer as páginas do antigo testamento para ver que Deus não habita no meio do pecado.

Quando o pecado entrou no mundo, a Virgem Maria foi pensada, amada e portanto predestinada para ser esposa e templo do Espírito Santo, e mãe do Deus encarnado.

Interessante ainda notar que, Jesus na resposta dada a sua mãe, lhe diz: “que temos nós com isso?”, não disse o que a Senhora tem com isso, ou o que eu tenho com isso, mas sim, o que nós temos com isso (João 2,2-12).

Maria conhecia tão bem seu filho que, sem esperar nenhuma resposta de Jesus, diz aos garçons: “Fazei tudo aquilo que ele vos mandar”

As Grandezas de Nossa Senhora na Bíblia:

Que a Santa Mãe do Divino Salvador tenha recebido de Deus prerrogativas que Lhe são exclusivas, é verdade que se deduz de várias passagens da Bíblia, “A cheia de graça” e “A mais bendita que todas as mulheres” (Lucas 1,28;1,42).

Para provar, vamos percorrer os vários textos sagrados da Bíblia, que a Ela se referem.

Já de início note-se o fato de a Bíblia abrir-se (Gênesis 3,15) e fechar-se (Apocalipse 12,1) sob o signo da mulher vitoriosa e bendita.

Eis os textos áureos do Livro Sagrado:
a) Porei inimizade entre ti e a Mulher, e entre a tua descendência e a d’Ela. Ela te esmagará a cabeça, e tu tentarás ferir o seu calcanhar” (Gênesis 3,15)

Comentário: o texto acima é a profecia da vinda do Salvador feita por Deus logo após a queda de nossos primeiros pais. Nele, ao grupo dos vencidos (Adão e Eva) Deus contrapõe o grupo dos vencedores (Jesus e sua Mãe).  A  “descendência  da  mulher” (no original: sêmen, prole), é, num primeiro plano, Jesus Cristo, seu Filho; e, num segundo plano, são todos os eleitos. – O termo “Ela” se refere diretamente à “prole”, porque será através de Jesus enquanto Homem nascido da Virgem Maria, que o poder tirânico de Satã sobre a humanidade será quebrado. Indiretamente, pois, também, “Ela”, a “Mulher” quebrará a cabeça de Satã. - “Inimizade” indica a incompatibilidade absoluta entre Cristo e sua Mãe de um lado, e Satã e os seus do outro; indica ainda a vitória completa de ambos sobre o Maligno.

b) Dois textos de Isaías: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, o Emanuel (Deus conosco)” (Isaías 7,14).“Nasceu-nos um menino. . . Ele será Deus forte. . .” (Isaías 9,5).

c) Outros se S. Lucas: Ave, ó cheia de graça. . . .” (Lucas 1,28) ;  “.  . .  darás à luz um Filho, e lhe porás o nome de Jesus; (…) será Filho do altíssimo” (Lucas 1,32); e “Filho de Deus” (Lucas 1,36); “Bendita és tu entre as mulheres; (…) donde me vem a dita de vir a mim  a Mãe de meu senhor?” (Lucas 1,43).

Esses textos sagrados destacam as várias grandezas ou prerrogativas de Nossa Senhora:

I – A maternidade Divina: É evidente:

1º) no texto da letra “a”, a descendência da mulher (sêmen, prole) é no primeiro plano, Jesus Cristo. E então a “mulher singular” da profecia é a sua verdadeira Mãe. E como Cristo é de Deus, Ela pode e deve ser chamada Mãe de Deus.

2) – Confirma-se isso com os textos da letra “b” (Isaías 7,14), pois “a Virgem” é predita aí como a verdadeira Mãe do Emanuel (Deus conosco). Portanto, Mãe de Deus.

3) – O mesmo diz os textos da letra “c” (Lucas 1,31-32; 1,42-43), pois aí se declara que Maria Santíssima é a verdadeira Mãe “do Filho do Altíssimo”, “do Filho de Deus” e a “Mãe de meu Senhor”.

- Maternidade Espiritual também: de fato, como no 2º plano, aquela “Mulher” é Mãe da “prole” também no sentido de “descendência”, Maria Santíssima é Mãe espiritual dos remidos. O que o próprio Jesus na Cruz confirmou na pessoa de São João ao dizer à sua Mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. São João então representava a todos os remidos.

-Medianeira também: como é ofício próprio da mãe prover o alimento dos filhos, Maria alcança para os seus filhos espirituais, todas as graças necessárias à salvação; Ela é Medianeira de intercessão e secundária, entre Cristo e nós.

-Argumento de razão: podemos e devemos chamar a Virgem Maria “Mãe de Deus” porque o termo da maternidade não é a natureza, mas a pessoa. E a Pessoa em Cristo é a 2ª da Santíssima Trindade, o Filho. 

Na Virgem se realiza, pois, este mistério: ser Ela “Mãe de Deus e de Deus filha”. Ela participa do mistério do seu Filho, que é Deus e Homem ao mesmo tempo.

II – A Imaculada Conceição:

Essa prerrogativa é conseqüência da primeira. Destinada a ser Mãe verdadeira e virginal de Cristo-Deus, não podia Ela ter contato com o pecado. Ademais, se a alguém fosse dado escolher a própria mãe, não escolheria a mais virtuosa, a mais pura, a mais santa? De fato, Jesus não só pôde escolher a Sua Mãe, mas fazê-la, pois é Deus. Ele fez, pois, imaculada a sua Mãe, isto é, isenta de toda a culpa original. É a razão de conveniência.

Mas, essa verdade está contida  no próprio texto de (Gênesis 3,15), pois aí se prediz que o futuro Salvador e a sua Santa Mãe terão uma inimizade total com Satã, e que lhe imporão derrota total. O que é incompatível com a condição de quem tivesse estado, por um momento sequer, sob o pecado e, pois, sob o Maligno. Pressupõe-se a  concepção imaculada, não só de Cristo enquanto homem, mas também de sua Santa Mãe.

III – O Ofício de Corredentora:

Também está contida no citado texto (Gênesis 3,15) a verdade de que aquela Mulher invicta, posta por Deus em total inimizade com o Demônio, ia participar de todos os sofrimentos e lutas do futuro Redentor por nossa Redenção. Realmente a Virgem Maria participou da Paixão de Jesus no grau máximo, sofrendo em união com Ele as dores mais atrozes, e oferecendo-O a Deus Pai como Vítima por nós. Sacrificou-Lhe o seu direito natural de Mãe sobre o Filho. Ela é pois, Nossa Corredentora.

IV – A Assunção Corpórea ao Céu:

A vitória de Cristo sobre Satã, o pecado e a morte foi realizada na Paixão e Morte na Cruz, mas se tornou completa e patente com a sua Ressurreição e Ascensão ao Céu. Ora, o texto do Gênese associa inseparavelmente o Messias e sua Mãe na mesma luta e na mesma Vitória final e completa. Ora, a vitória de Maria Santíssima não seria completa se o seu corpo imaculado e virginal tivesse ficado sujeito à corrupção do sepulcro. Jesus Cristo não o permitiu, elevando-a ao Céu em corpo e alma no fim de sua vida. Assim cumpriu-se plenamente aquela magnífica profecia.

V – A Perpétua Virgindade;

- Respondendo objeções: Os Protestantes não cessam de injuriar a Jesus rebaixando a sua Santa Mãe à condição de uma mulher comum. Vejamos na Bíblia como isso é falso:

1º) No encontro de Jesus no Templo. Jesus aí não argüiu a Sua Mãe por não saber que Ele “devia cuidar dos interesses de seu Pai” (Lucas 2,49). Não era esse o sentido primeiro das suas palavras no contexto. Era antes: “Não sabeis que devo estar no que é de meu Pai?”. Assim, era normal que sua mãe entendesse a resposta no sentido de “ficar morando no Templo”, como Samuel, por exemplo. Por isso S. Lucas afirmou: “Eles não entenderam o que Jesus lhes dissera” (Lucas 2,50).

2º) Em Caná, a Mãe de Jesus Lhe informou ter acabado o vinho. Jesus respondeu usando a expressão semítica: Mulher, “que há entre mim e ti? “ E acrescentou: “A minha hora ainda não chegou” (João 2,4). Não se pode tomar essa expressão no sentido dos nossos idiomas. Ela tem sentido próprio do seu.

Prova: de fato aquela expressão foi usada seis (6) vezes no Antigo Testamento. Ela espera sempre resposta negativa: “não há nada”; uma só vez, ela indica inimizade; as outras vezes, indica que “não há nada” porque estamos de acordo, ou somos amigos. (Cf., para o 1º sentido: (2 Reis 3,13); para o 2º: (2 Sam 16,10; 19, 22); (Juizes 11,12); (1 Reis 17, 18); (2 Crônicas 35,21).

É claro que no caso de Caná, o sentido é de pleno acordo quanto ao fato da providência solicitada, com uma pequena discordância para a oportunidade do mesmo. Daí ter Jesus dito: “a minha hora ainda não chegou”. Mas Ele antecipou a hora, e fez o milagre, atendendo ao intento caritativo de sua Santa Mãe.

Quanto ao apelativo “Mulher”, dizem os entendidos da língua aramaica, a que Jesus falava, que tem um sentido respeitoso equivalente a “Senhora”. Quanto mais na boca de Jesus ao referir-se à sua Santa Mãe! Sobretudo no contexto de Caná e da Cruz, Jesus, o melhor dos Filhos, deve ter-Se dirigido à sua verdadeira e Santa Mãe com acentuado carinho e respeito filiais.

Esse apelativo sugere ainda a lembrança da “Mulher” da profecia de (Gênesis 3,15), não obstante Jesus não chamá-la de Mãe, pois também Jesus, sendo verdadeiro Deus, costumava chamar-Se a Si mesmo “o Filho do homem”, realçando a sua condição de “Messias” ao lado daquela “Mulher” cuja figura Ele e a sua Mãe estavam dando cumprimento.

3ª) Jesus pregava numa casa cheia de gente. Avisam-lhe que lá fora estão sua Mãe e os seus chamados irmãos (primos). Jesus responde: “Minha Mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lucas 8,21; 11,27-28). É evidente que Jesus não está negando à sua Santa Mãe a honra de ser a primeiríssima entre os que ouvem e põem em prática a palavra de Deus, antes o supõe. É esse o seu principal título de glória. O mesmo se diga de (Lucas 11,27-28).

Porque chamamos Maria, mãe de Deus, em vez de chamar Mãe de Jesus?

Não seria exato dizer que Maria é simplesmente a mãe de um homem, como se sua maternidade se limitasse somente ao lado humano de Jesus.

É preciso deixar claro que Maria gerou o Homem – Deus (Romanos 9,5) (João 1,1) e o verbo se fez carne (João 1,14)… chama-lo-ão por Emanuel (Isaías 7,14), que traduzido é Deus conosco (Mateus 1,23). Meu senhor é meu Deus” (João 20,28). “E todos os anjos o adoram” (Hebreus 1,6).

Maria é, realmente, mãe de Jesus Cristo, homem e Deus, conforme o testemunho da escritura: (Lucas 1,31; 2,7) (Gálatas 4,4). Diante disto, podemos seguramente, sem sombra de dúvida, rezar a Nossa Senhora, chamando-lhe: “Santa Maria, mãe de Deus”. Porque, dar a luz um filho (Mateus 1,26) (Lucas 2,7), é ser mãe; e, no caso, mãe de uma pessoa dotada de natureza humana e divina.

Maria revestiu o verbo com a sua própria carne. Esse é todo o sentido e o cumprimento das palavras do anjo Gabriel naquele dia…

Para Entender:

Maria da mesma forma, dando natureza humana à natureza divina de Jesus,  que é Deus, torna-se a mãe da pessoa de Jesus Cristo, na plenitude de seu ser humano e divino.

Por exemplo: Jesus não disse ao filho da viúva: “a parte de mim que é divina te diz: Levanta-te!”, Jesus manda simplesmente “Eu te digo: Levanta-te”.

Na cruz, Jesus não disse: “minha natureza humana tem sede”, mas exclamou: “tenho sede”.

Para Entender Melhor Ainda:

Nosso Senhor, morreu como homem, pois Deus não poderia morrer na Cruz. Então perguntamos: Nosso Senhor, que morreu como homem , não pagou nossos pecados como Deus?  Seus méritos não eram infinitos?  Portanto, as duas naturezas de Jesus Cristo não podem ser separadas, pois nunca poderíamos explicar a rendenção fazendo uma distinção tão grande. Portanto Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, é Mãe de Deus. Ou alguém poderia negar que Nosso Senhor, morrendo como homem, nos redimiu como Deus?

Algumas pessoas ignoram que Lutero e Calvino não negaram o dogma da divina maternidade de Maria.

•     Lutero escreveu: “Não há honra, nem beatitude, que sequer se aproxime por sua elevação da incomparável prerrogativa superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um filho em comum com o Pai Celeste”. (Deutsche Schriften, 14,250)

•     Calvino escreveu: “Não podemos reconhecer as benções que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para mãe de Deus”. (Comm. Sur I ’Harm. Evang.20).


Sobre o Celibato..


Respostas aos Protestantes Sobre o Celibato


A igreja católica valoriza a vocação para o celibato, assim como para o matrimônio, ambas igualmente santas, desde que sejam vividas com amor e como uma consagração a Deus.

A Igreja reconhece que a exigência do celibato dos padres não é lei divina, mas lei eclesial, que em circunstâncias especiais poderia ser abolida, mas opta pela maior perfeição, já que por este motivo os Apóstolos de Jesus deixaram a convivência matrimonial e familiar, para se propagar o reino de Deus. Conferir na Bíblia

“Vê, nós abandonamos tudo e te seguimos” Jesus respondeu: Em verdade vos declaro, ninguém há que tenha abandonado, por amor do reino de Deus, sua casa, sua mulher, seus irmãos, seus pais, ou seus filhos, que não receba muito mais neste mundo, e no mundo vindouro a vida eterna” (Lucas 18,28-30).

Assumindo livremente o celibato, o sacerdote imita os Apóstolos e a Jesus. Mas já sabemos que o celibato é aconselhado.

“Seus discípulos disseram-lhe: “Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não casar” Respondeu ele: “Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda”(Mateus 19, 10-12).

“Agora, a respeito das coisas que me escrevestes. Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma. Todavia, considerando o perigo da incontinência, cada um tenha uma mulher, e cada mulher tenha seu marido. O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes a oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente satanás por vossa incontinência. Isto digo como concessão, não como ordem. Pois quereria que todos fossem como eu; mas cada um tem de Deus um dom particular, uns este, outros aquele”(1 Coríntios 7,1-7).

E com o auxílio de Deus é possível:

“Deus é fiel: não permitrá que sejais tentados além das vossa forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suporta-la e sairdes dela (1 Coríntios 10,3)

“ Jesus olhou para eles e disse: “Aos homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível” (Mateus 19,26)

“Se o espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos,também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Romanos 8,11). Leia ainda: (2 Coríntios 12,7-10).

O celibato tem uma tríplice dimensão, a saber.

- Dimensão cristológica: porque os vocacionados querem melhor e em tudo imitarem ao seu Senhor que nunca casou.

- Dimensão eclesiológica: “. . . e há eunucos (aqueles que não se casam) que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino do Céus. Quem puder compreender, compreenda”. (Mateus 19,12).

- Dimensão escatológica: “estes são os que não se contaminam com mulheres, pois são virgens. São aqueles que acompanham o Cordeiro por onde quer que se vá; foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas à Deus e ao Cordeiro”. (Apocalipse 14,4)

São Paulo aconselha o celibato – (I Coríntios 7,1-8; 25,32; 35-38) Receberão uma grande recompensa os que se mantiverem no celibato.

“Pedro começou a dizer-lhe: Eis que deixamos tudo e te seguimos. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade vos digo, ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por causa de mim e por causa do Evangelho, que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, e terras, com perseguições, e no século vindouro a vida eterna”. (Marcos 10,28- 29).

Conclusão

Quando Jesus formava seu ministério, ele dizia aos Apóstolos: “Largue tudo que tem e segue-me.” Ora, sabemos que os apóstolos não levaram mulheres, filhos e bens materiais para seguir Jesus.