Nos escritos de São Pedro Julião Eymard encontramos uma alma
abrasada pelo amor ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Entre tão
belas meditações, encontramos uma que fazemos questão de expor aos
nossos leitores. Não apenas pela beleza e pela santidade de tais
pensamentos, mas também pela conveniência de tais palavras para tempos
tão decadentes como os nossos.
Meditando sobre a honra devida ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia, São Pedro proclama:
“A Ele toda honra solene, toda a magnificência, toda a riqueza, toda a beleza do culto,
cujos pormenores Deus houve por bem determinar, no culto mosaico, que
era apenas uma figura do nosso. Os séculos da fé, julgando-se
sempre aquém do esplendor devido ao culto eucarístico, congregavam seus
esforços nas basílicas e nos vasos sagrados, obras-primas de arte e
de magnificência.
A fé era a autora dessas maravilhas. O culto e a
honra tributados a Jesus Cristo são a medida da fé do povo, a expressão
de sua virtude. Honra, pois, a Jesus Eucaristia que, merecendo-a, a ela tem direito.”.
E o que fez a verdadeira fé no decorrer de séculos de história da
Igreja? Esforçou-se para honrar a N. Senhor de modo solene, com toda
magnificência e com a máxima beleza possível de culto:
Mistérios Gozosos – Sobre a Infância de Jesus
( Segundas Feiras e Sábado ).
1º Mistério: Deus manda o anjo Gabriel a Maria para lhe anunciar que será a Mãe de Jesus, o Salvador. (cf. Lc 1,26-38).
2º Mistério: Maria vai visitar sua prima Isabel e a ajuda a preparar o nascimento de João Batista
(cf. Lc 1,39-56).
3º Mistério: Jesus nasce em Belém, na pobreza, porque não havia lugar para eles (cf. Lc 2,1-15). 4º Mistério: Maria e José apresentam Jesus no Templo e Simeão louva a Deus (cf. Lc 2,22-35).
5º Mistério: Maria e José encontram Jesus no Templo, falando com os doutores (cf. Lc 2,41-52).
------------- Mistérios Dolorosos – Sobre a Paixão de Jesus
( terças-feiras e sextas-feriras).
1º Mistério: A agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras, onde Ele foi preso (cf. Mt 26,36-56)
2º Mistério: Jesus é Torturado por ordem de Pilatos (cf. Mc 15,16-20)
3º Mistério: Jesus é condenado a ser crucificado (cf. Mc 15,6-15)
4º Mistério: Jesus carrega a cruz até o calvário (cf. Lc 23,26-31)
5º Mistério: Jesus é crucificado e morre na Cruz (cf. Lc 23,33-46)
Mistérios Gloriosos – Sobre a Ressureição de Jesus e de Sua Mãe Maria
( quarta-feiras e domingos ).
1º Mistério: A ressurreição de Jesus (cf. Lc 24,1-12).
2º Mistério: A ascensão de Jesus (cf. At 1,3-11).
3º Mistério: A vinda do Espírito Santo que Transforma os Apóstolos (cf. At 2,1-14).
4º Mistério: Maria é levada ao céu, ela é a nossa esperança (cf. Jo 2,1-11)
5º Mistério: Nossa Senhora é coroada porque ela é a rainha do povo de Deus (cf. Ap 12,1-18).
Mistérios Luminosos – Sobre a vida pública de Jesus
(quintas-feiras)
1º Mistério: Jesus é batizado por João Batista no rio Jordão (cf. Mt 3,13-16).
2º Mistério: Jesus nas bodas de Caná, quando a pedido de sua Mãe, transforma Água em vinho
(cf. Jo 2,1-12)
3º Mistério: Jesus anuncia o reino de Deus e convida à conversão (cf. Mc 1,14-15).
4º Mistério: A transfiguração de Jesus no Monte Tabor (cf. Lc 9,28-36).
5º Mistério: A Santa ceia, na qual Jesus instituiu a Eucaristia ( cf. Mt 26,26-29)
O Grito Lancinante de uma Alma » "A Carta do Além"
Este texto que estou postando é muito interessante e de grande valia
para nós, cristãos. É de interesse de todo cristão católico procurar
saber aquilo que leva ao Céu e também, especialmente, o que deixa de
levar.
Coloquei o texto na íntegra, pois a edição que eu tenho do texto não tem
direitos autorais, então suponho que posso divulgá-lo sem problemas.
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O autor da presente publicação, no original alemão, prefere
conservar no anonimato, tanto a si como os demais personagens do
acontecimento.
O escrito, entretanto, corre em prósperas edições, pelas mãos de
leitores sempre mais numerosos. Não se pode lê-lo com indiferença ou só
por curiosidade. Aos poucos a gente se vê, pessoalmente empenhado em uma
valorização reflexa, a um tempo de juízo e de sentimento.
Para responder a esse questionamento é preciso, antes de mais nada,
esclarecer o que significa a hóstia
consagrada. O Catecismo da Igreja
Católica, em seu número 1374, diz que:
“No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos
verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue
juntamente com alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por
conseguinte, o Cristo todo. Esta presença chama-se real não por
exclusão, como se as outras não fossem reais, mas por antonomásia,
porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna
presente completo.”
E o Catecismo dedica ainda os próximos números a explicar, por meio das
palavras dos grandes santos da Igreja a importância e majestade da
Eucaristia. Diante disso, a resposta para a pergunta parece óbvia: não é
permitido comungar com as próprias mãos o Corpo e o Sangue de Cristo.
Entretanto, na prática, as ações não são assim, tão claras. A Igreja,
por isso, teve sempre um cuidado extremo para com as espécies
consagradas e várias instruções foram publicadas nesse sentido. A
Instrução Geral do Missal Romano é bem clara quanto ao modo de se
comungar:
“160. O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se
dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é
permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado
nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em
mão. (…) ”
Não existe margem para erro diante dessa instrução, porém, em muitas
paróquias o erro acontece e o que se vê são fiéis tomando a hóstia
consagrada com as mãos, molhando-a no preciosíssimo Sangue de Cristo, na
chamada “comunhão self-service”. No caso da comunhão por intinção só
existe uma forma de recebê-la: na boca, diretamente das mãos do
sacerdote. É o que diz a instrução Redemptionis Sacramentum, no número
104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no
cálice, nem receber na mão a hóstia molhada”. O Concílio de Trento
também é bastante claro ao dizer que:
” Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os
leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes
celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de
tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar.” (DH 1648)
O argumento definitivo, porém, é dado pelo próprio Jesus, na última
ceia, quando Ele “…tomou um pão e, tendo-o abençoado, partiu-o em
distribuindo-o aos discípulos”, instituiu, assim, a Eucaristia. Dessa
forma, é claro que o ato do sacerdote distribuir a comunhão aos fiéis
faz parte dos verbos, dos gestos concretos, das ações de Cristo, não
sendo aceitável inovações ou modos de fazer diferentes dessas ampla e
claramente convencionadas.
Assim, ao fiel é dado escolher entre tomar a comunhão na mão ou
diretamente na boca (RS 92), uma vez que “a comunhão somente sob a
espécie do pão permite receber todo o fruto da graça da Eucaristia” (CIC
1389). No caso, porém, de comunhão por intinção, é lícito somente
recebê-la na boca e diretamente das mãos do sacerdote.
“Com devoção te adoro, latente divindade. Que, sob essas figuras, te
escondes na verdade; meu coração de pleno sujeito a ti, obedece, pois
que, em te contemplando, todo ele desfalece. A vista, o tato, o gosto,
certo, jamais te alcança; pela audição somente te creem em segurança;
creio em tudo o que disse de Deus Filho o Cordeiro, nada é mais da
verdade que tal voz, verdadeiro.”
A Missa de costas para o
povo?
Numa
intenção de desprestigiar a Missa legitimamente celebrada na
forma extraordinária ou antiga do Rito Romano, agora
equiparada pelo Papa à forma ordinária em vigor, costuma-se
a ela se referir como sendo aquela missa celebrada “de
costas para o povo”. Interessante que por quatro séculos a
Missa foi assim celebrada e só agora se notou isso?
Na
verdade, a Missa na forma tradicional não é celebrada pelo
Sacerdote de costas para o povo, mas sim pelo padre se
postando na mesma direção do povo, em direção ao Oriente,
“versus Orientem”, que representa Nosso Senhor. Todos em
direção ao Senhor! Para frente e para cima. Assim como o
comandante não marcha de costas para os seus soldados mas na
mesma direção deles, para frente.
Eis a
explicação que nos dá o então Cardeal Joseph Ratzinger,
agora nosso Papa Bento XVI: “No plano concreto, um erro
grave atribuído à reforma pós-conciliar foi o costume de o
sacerdote celebrar voltado para os fiéis. Dessa forma, o
Sacerdote torna-se o verdadeiro ponto de referência de toda
a celebração. Tudo acaba em cima dele. É ele que se precisa
olhar. A atenção é cada vez menos voltada para Deus e é cada
vez mais importante o que fazem as pessoas que ali se
encontram e que não têm a menor intenção de submeter-se a um
esquema predisposto. O sacerdote virado para o povo dá à
comunidade o aspecto de um todo fechado sobre si mesmo. Sua
postura não é mais aberta para frente e para cima, mas
fechada em si mesma.”
E ele
recorda que, ao contrário do que muitos pensam, do altar
voltado para o povo não há menção alguma no texto do
Concílio Vaticano II. E, segundo ele, “no costume antigo, a
questão não era de virar as costas ao povo, mas de adotar a
mesma orientação do povo”.
“Quem
entender isso, diz ele, entende facilmente que a questão não
é olhar o sacerdote, mas olharmos juntos o Senhor e ir ao
seu encontro. Fiéis e sacerdote não devem olhar um para os
outros, mas olhar juntos para Ele, o transpassado. A oração
comunitária litúrgica deve mirar a que oremos de verdade,
isto é, que não falamos um com o outro, mas falamos com Deus
e perante Deus.”
+ Dom
Fernando Arêas Rifan
Bispo Titular de Cedamusa - Campos – RJ.
(Lembrando que Deus está ali presente no Sacrário e a Cruz
que lembra o caráter Sacrificial da Missa. Por isso devem
estar no centro da Igreja no lugar de honra e mais elevado em direção ao
oriente, para que todos possam ver e contemplar.
O que
dizer quando muitos já não têm fé que Jesus está ali vivo e
real, porém invisível aos olhos humanos? E pior ainda,
quando Jesus no Sacrário é atirado para o lado ou escondido,
se sentindo assim como que desprezado, rejeitado ou um
simples mais um, a olhar?)
"Neste
nosso tempo a criatura é mais valorizada que o Próprio
Criador que a fez."
A
Escritura diz: “A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.”
Assim
a Santa Madre Igreja Católica Apostólica vai sendo despida
de sua Sacralidade, assim como despiram Nosso Senhor Jesus
Cristo no alto do calvário.
A
Escritura também diz: “Quando voltar será que encontrarei fé
sobre a terra?”